Se no ano anterior fomos a Fátima
pelos “Caminhos de Fátima”, seguindo as setas azuis, este ano foi consenso de
todos, percorrer o caminho do litoral, junto à ria de Aveiro, com almoço
programado em Praia de Mira e pernoita no local do ano anterior, ou seja
Cernache.
Este segundo evento, não teve a
presença do Tiago que por razões pessoais não lhe foi possível estar
presente, para grande tristeza nossa, mas a sua ausência foi colmatada com a
presença do Ferreira (mini). Contudo os restantes participantes eram os mesmos
do ano anterior.
A partida estava marcada para as
06h00, no entanto só pelas 06h50 é que iniciamos a nossa peregrinação em direcção a Fátima, mas logo nos primeiros kms, na marginal de Gaia surgiu um pequeno contratempo, pois
esta estava encerrada ao trânsito, em virtude de uma viatura ter-se despistado
e caído ao rio Douro, pelo que estavam a decorrer buscas no rio para descobrir os
seus ocupantes, mas ao que soube mais tarde, infelizmente todos pereceram nesse
acidente.
Perante o corte da estrada tivemos de desviar,
fazendo por isso uma subida bastante íngreme e não programada, e ainda com os
músculos a frio.
Continuando a pedalar, depressa alcançamos
Espinho e seguidamente Esmoriz. Foi precisamente em Esmoriz que paramos numa confeitaria
local para reforçar o pequeno-almoço e apanhar a estrada florestal que nos leva
até ao Furadouro, com uma extensão de cerca de 16 Km.
Devo dizer que não conhecia a paisagem depois de Espinho, mas esta paisagem florestal paralela à costa, no seio do pinheiros, onde ciclistas, peões, atletas treinam no maior do sossego, quer seja no alcatrão ou em terra batida, transmite-nos uma sensação de bem-estar aliado ao ar puro e fresco que aí existe. “ O local de excelência para qualquer atleta”.
Devo dizer que não conhecia a paisagem depois de Espinho, mas esta paisagem florestal paralela à costa, no seio do pinheiros, onde ciclistas, peões, atletas treinam no maior do sossego, quer seja no alcatrão ou em terra batida, transmite-nos uma sensação de bem-estar aliado ao ar puro e fresco que aí existe. “ O local de excelência para qualquer atleta”.
Percorrida a estrada florestal ou via ciclística como
alguns lhe chamam, entramos na EN 327, em direcção à Torreira e adjacente à ria
de Aveiro. Confesso mais uma vez que esta zona do país era-me desconhecida, pelo que fiquei
maravilhado com o seu encanto. Até à Ponte da varela, pedalamos juntos à ria, onde pudemos
contemplar uma paisagem fantástica, pura sossegada, com pouco ou nenhum trânsito
rodoviário.
Há já alguns anos que se fala diariamente da crise, mas posso
assegurar-vos que nestas paragens a palavra crise, não existe. De todos as
casas que vi, qual a mais bonita? Qual a mais luxuosa? Há assim tanto dinheiro
em Portugal?
Claro que há… Anda é escondido...
Mas deixemos isso para lá, até éramos simplesmente peregrinos.
Talvez um dia possa ter uma assim…
Quem sabe!
Chegados à ponte da Varela que transpõem a ria de Aveiro, a paisagem continua fantástica, com as cegonhas a fazerem os seus ninhos nos pórticos da Auto estrada e da nacional.
As horas vão passando com os Kms a acumular-se nas pernas e já o almoço começa a desfilar nas nossas ideias, mas o pessoal muito
motivado e com a sua fé continua a pedalar até Praia de Mira.
Finalmente pelas 13h00 chegamos a Praia de Mira, já algo desgastados e pelo andamento elevado que foi imprimido, e dirigimos-nos para a casa que nos acolheu e que é uma dependência da nossa instituição, na qual onde os avançados (xupa e Camisolas) já tinham o nosso almoço preparado.
Até ao presente momento ainda não referi, mas tivemos um elemento do staff que nos acompanhou praticamente km a km, dando-nos o seu apoio a nível logístico, quer pela água ou algum reforço, mas principalmente pela sua reportagem fotográfica, foi o TEIXEIRA um elemento indissociável e fulcral, pela sua simpatia e disponibilidade.
Após estarmos saciados com os manjares que as nossas esposas nos mimaram, era hora de retomarmos a nossa viagem, agora em direcção a Cernache, local da nossa pernoite e já conhecido de todos nós por ter sido igualmente no ano passado,local escolhido para o nosso descanso.
A estrada de Mira a Cantanhede e Coimbra revelou-se igualmente muito rolante e toda em patamar, imprimindo o pelotão uma cadência digna de profissionais.
Pelas 19H40 chegamos ao Colégio do Imaculado Sagrado Coração de Jesus de Cernache, onde a famosa casa da “Palmeira” nos aguardava com todas as comodidades.
Tomado o merecido banho, foi só jantar alguma coisa que sobrou do meio-dia
e fazer um esparguete “al dente” com as espetadas, saboreando umas bijecas e o vinho caseiro, cedido pelo grande Comandante Cardoso, denominado "O chefe da cambada".
A água, só para o esparguete e banho…...
Havia que fazer dodó, pois o dia
seguinte não era fácil e a famosa subida de Alvega, mesmo antes de chegar ao Santuário
estava à nossa espera.
No dia seguinte, saímos bem cedo, ainda nem sequer eram 07h00, mas para mal dos nossos pecados, o vento era intenso e soprava de frente. Felizmente esse dilema durou apenas uma dezena de kms.
Face ao ano anterior este troço
não apresentava novidades, sendo igualmente bastante rolante com pouco ou nenhum trânsito
rodoviário.
No entanto a cerca de 20 km de Fátima a altimetria começa a ser
mais variável e algumas subidas vão aparecendo.
Mas onde sobe, há-de descer,
não é?
O vento desapareceu, e o calor aliado ao sol começa a provocar mossa, até que nos deparamos com a placa da celebre ascensão da Alvega.
A Alvega é abordada com muito
profissionalismo e sensatez, para que ninguém “morresse na praia”.
Efectivamente pelas 12h10, mais uma vez chegamos ao Santuário, sem qualquer tipo de contratempo. Era hora de cumprimentarmos-nos a todos pela equipa que fomos durante estes dois dias, mas principalmente agradecer à Nossa Senhora de Fátima a saúde, prosperidade, bem-estar que nos proporcionou durante o ano que passou e pedir-lhe novamente a renovação desses desejos para no próximo ano, podermos-nos reencontrar novamente.
Agora só faltava irmos tomar o banho merecido e o almoço que nos aguardava, desta vez no buffet do hotel Aleluia, era só comer à vontadinha e pagar no fim.
Finalmente pelas 18h00 chegamos
ao Porto, são e salvos, sem qualquer problema, tudo correu pelo melhor...
Obrigado Senhora de Fátima, por
termos chegado todos bem…
Até ao ano se Deus quiser...