BTTAVENTURA

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ALGURES NAS FISGAS DO ERMELO

segunda-feira, 18 de maio de 2015

PORTO - FÁTIMA (Litoral - EN 109)

Se no ano anterior fomos a Fátima pelos “Caminhos de Fátima”, seguindo as setas azuis, este ano foi consenso de todos, percorrer o caminho do litoral, junto à ria de Aveiro, com almoço programado em Praia de Mira e pernoita no local do ano anterior, ou seja Cernache.

Este segundo evento, não teve a presença do Tiago que por razões pessoais não lhe foi possível estar presente, para grande tristeza nossa, mas a sua ausência foi colmatada com a presença do Ferreira (mini). Contudo os restantes participantes eram os mesmos do ano anterior.



A partida estava marcada para as 06h00, no entanto só pelas 06h50 é que iniciamos a nossa peregrinação em direcção a Fátima, mas logo nos primeiros kms, na marginal de Gaia surgiu um pequeno contratempo, pois esta estava encerrada ao trânsito, em virtude de uma viatura ter-se despistado e caído ao rio Douro, pelo que estavam a decorrer buscas no rio para descobrir os seus ocupantes, mas ao que soube mais tarde, infelizmente todos pereceram nesse acidente.
 Perante o corte da estrada tivemos de desviar, fazendo por isso uma subida bastante íngreme e não programada, e ainda com os músculos a frio.
Continuando a pedalar, depressa alcançamos Espinho e seguidamente Esmoriz. Foi precisamente em Esmoriz que paramos numa confeitaria local para reforçar o pequeno-almoço e apanhar a estrada florestal que nos leva até ao Furadouro, com uma extensão de cerca de 16 Km. 



Devo dizer que não conhecia a paisagem depois de Espinho, mas esta paisagem florestal paralela à costa, no seio do pinheiros, onde ciclistas, peões, atletas treinam no maior do sossego, quer seja no alcatrão ou em terra batida, transmite-nos uma sensação de bem-estar aliado ao ar puro e fresco que aí existe. “ O local de excelência para qualquer atleta”
Percorrida a estrada florestal ou via ciclística como alguns lhe chamam, entramos na EN 327, em direcção à Torreira e adjacente à ria de Aveiro. Confesso mais uma vez que esta zona do país era-me desconhecida, pelo que fiquei maravilhado com o seu encanto. Até à Ponte da varela, pedalamos juntos à ria, onde pudemos contemplar uma paisagem fantástica, pura sossegada, com pouco ou nenhum trânsito rodoviário. 





Há já alguns anos que se fala diariamente da crise, mas posso assegurar-vos que nestas paragens a palavra crise, não existe. De todos as casas que vi, qual a mais bonita? Qual a mais luxuosa? Há assim tanto dinheiro em Portugal? 
Claro que há… Anda é escondido...
Mas deixemos isso para lá, até éramos simplesmente peregrinos.
Talvez um dia possa ter uma assim… Quem sabe!














Chegados à ponte da Varela que transpõem a ria de Aveiro, a paisagem continua fantástica, com as cegonhas a fazerem os seus ninhos nos pórticos da Auto estrada e da nacional.
As horas vão passando com os Kms a acumular-se nas pernas e já o almoço começa a desfilar nas nossas ideias, mas o pessoal muito motivado e com a sua fé continua a pedalar até Praia de Mira. 














Finalmente pelas 13h00 chegamos a Praia de Mira, já algo desgastados e pelo andamento elevado que foi imprimido, e dirigimos-nos para a casa que nos acolheu e que é uma dependência da nossa instituição, na qual onde os avançados (xupa e Camisolas) já tinham o nosso almoço preparado.


















Até ao presente momento ainda não referi, mas tivemos um elemento do staff que nos acompanhou praticamente km a km, dando-nos o seu apoio a nível logístico, quer pela água ou algum reforço, mas principalmente pela sua reportagem fotográfica, foi o TEIXEIRA um elemento indissociável e fulcral, pela sua simpatia e disponibilidade.


















Após estarmos saciados com os manjares que as nossas esposas nos mimaram, era hora de retomarmos a nossa viagem, agora em direcção a Cernache, local da nossa pernoite e já conhecido de todos nós por ter sido igualmente no ano passado,local escolhido para o nosso descanso.






A estrada de Mira a Cantanhede e Coimbra revelou-se igualmente muito rolante e toda em patamar, imprimindo o pelotão uma cadência digna de profissionais.





Pelas 19H40 chegamos ao Colégio do Imaculado Sagrado Coração de Jesus de Cernache, onde a famosa casa da “Palmeira” nos aguardava com todas as comodidades.





Mas com 185 km nas pernas...
Tomado o merecido banho, foi só jantar alguma coisa que sobrou do meio-dia e fazer um esparguete “al dente” com as espetadas, saboreando umas bijecas e o vinho caseiro, cedido pelo grande Comandante Cardoso, denominado "O chefe da cambada". 
A água, só para o esparguete e banho…...
Havia que fazer dodó, pois o dia seguinte não era fácil e a famosa subida de Alvega, mesmo antes de chegar ao Santuário estava à nossa espera.




No dia seguinte, saímos bem cedo, ainda nem sequer eram 07h00, mas para mal dos nossos pecados, o vento era intenso e soprava de frente. Felizmente esse dilema durou apenas uma dezena de kms.
Face ao ano anterior este troço não apresentava novidades, sendo igualmente bastante rolante com pouco ou nenhum trânsito rodoviário. 
No entanto a cerca de 20 km de Fátima a altimetria começa a ser mais variável e algumas subidas vão aparecendo.
 Mas onde sobe, há-de descer, não é?





O vento desapareceu, e o calor aliado ao sol começa a provocar mossa, até que nos deparamos com a placa da celebre ascensão da Alvega.
A Alvega é abordada com muito profissionalismo e sensatez, para que ninguém “morresse na praia”.







Efectivamente pelas 12h10, mais uma vez chegamos ao Santuário, sem qualquer tipo de contratempo. Era hora de cumprimentarmos-nos a todos pela equipa que fomos durante estes dois dias, mas principalmente agradecer à Nossa Senhora de Fátima a saúde, prosperidade, bem-estar que nos proporcionou durante o ano que passou e pedir-lhe novamente a renovação desses desejos para no próximo ano, podermos-nos reencontrar novamente.








Agora só faltava irmos tomar o banho merecido e o almoço que nos aguardava, desta vez no buffet do hotel Aleluia, era só comer à vontadinha e pagar no fim.
Finalmente pelas 18h00 chegamos ao Porto, são e salvos, sem qualquer problema, tudo correu pelo melhor...

Obrigado Senhora de Fátima, por termos chegado todos bem…

Até ao ano se Deus quiser...


domingo, 7 de dezembro de 2014

PONTE DE ARAME - RIBEIRA DE PENA


Este era um fim de semana prolongado devido ao feriado do dia oito de Dezembro, por isso havia que aproveitar para pedalar ao encontro da natureza. 
Neste no domingo de manhã, pelas 08h00, saí de Vila Nune em direcção a Ribeira de Pena, para redescobrir e relembrar a magnifica ponte de arame, suspensa sobre o rio Tâmega.
Estava um frio de rachar, os campos estavam cobertos com um manto de geada e a humidade que se fazia sentir entranhava-se no corpo, congelando as articulações.
Apesar de estar bem agasalhado com vestuário adequado, nomeadamente passa montanhas, quase que me apetecia regressar para casa. 
O corpo lá foi aquecendo e a coisa foi-se compondo com o aparecimento dos primeiros raios de sol pelas 09h30.
De Vila Nune, freguesia que dista cerca de quatro quilómetros da Vila do Arco de Baúlhe, até à ponte de Arame em Ribeira de Pena, são cerca de 35 km, onde a mãe natureza premeia o viajante com paisagens deslumbrantes onde os caneiros, nascentes e regos de água são uma constante ao longo da estrada.
Passada a ponte de Cavez, o o sol voltou-se a esconder e o frio voltou a tomar conta do meu corpo, por isso havia que dar pedal para o aquecer. O pior eram as descidas que geralmente são abençoadas, mas neste caso eram amaldiçoadas devido ao ar gélido que embatia de frente. Ai! que saudades das minhas subidas, que tanto me aqueceram....
Pelas 10h15, cheguei junto da ponte de arame, mas constatei que começa a precisar de dalguma manutenção, mais precisamente a nível do passadiço de madeira, que deveria estar envernizado ou tratado com algum produto, pois foi há oito anos que tinha lá estado e nessa altura a ponte tinha sido alvo de uma intervenção profunda.












Bonita paisagem com as neblinas no horizonte














Os primeiros raios de sol para aquecer










Rio Tâmega a correr com toda a sua força lá no fundo





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Bonita levada no rio Tâmega










Grande arquitectura










Bonito medronheiro














Antigo moinho











Bifurcação para o Samão e Gondiães, localidades muito conhecidas pela festa que aí se realiza anualmente no mês de Janeiro e de forma alternada. (festa das papas em honra de São Sebastião)









   
















Informação cultural para o viajante da ponte de Cavez









Ponte de Cavez, monumento nacional que demarca o limite entre o Minho e Trás-os-Montes









Localidade de Arosa - Ribeira de Pena

Para quem não sabe, foi no fatídico dia de 27 de Dezembro de 1981, que uma enxurrada com um penedo junto, rolou monte abaixo e embateu numa habitação, saindo pelo outro lado, provocando um rombo na casa, como se um torpedo aí tivesse embatido.
Do impacto resultou a morte de quinze pessoas que estavam no café dessa habitação, dos quais três eram irmãos.

A casa jamais foi reconstruída e em memória das vitimas foi edificado uma capela, junto ao local da tragédia.












Interior da capela










Capela edificada em memória das vitimas









Casa da tragédia










Planaltos dos Barroso à vista



















Chegada à Ponte de Arame




 Para os amantes da cultura e leitura, aconselho vivamente a saberem quem foi Camilo Castelo Branco, pois ele andou/morou parte da sua vida nesta zona.









Entrada da Ponte de Arame com a minha companheira de viagem. É uma companheira já quarentona, mas que me dá muitas alegrias e jamais me deixou ficar mal, inclusive faz ver a muitas outras o que é andar com garra.





                             A lindíssima Ponte de Arame, sobre o Rio Tâmega 






                       Ponte adjacente à ponte de arame para circulação automóvel















Cabos de aço que sustentam a ponte, fixados na pedra
A partir daqui não tenho mais imagens, pois havia que regressar, o almoço esperava-me em casa e era preciso pedalar mais 35 km.
No entanto apesar do frio , o sol acabou por despertar e aquecer a alma, aliada à bonita paisagem, foi sem dúvida para mim mais uma viagem maravilha que sinto necessidade de retratar.


ATÉ À PRÓXIMA..........